O guardião.
Me chamo Arthur, moro com família em um pequeno sítio, ao todo, somos sete, eu, minha esposa e nossos cinco filhos. O mais velho tem treze anos e o mais novo tem dois. Todos ajudam no sítio, já que é nossa única fonte de alimento, comprar comida na cidade é muito caro, então nós nos viramos com o que temos. Tem gente que não gostaria de viver assim, mas eu gosto, vivi aqui a minha vida inteira, nessa mesma casa onde já morei com meu pai, onde meu avô já morou com meu pai e onde meu avô já morou com meu bisavô. Meu pai morreu a alguns meses, sempre foi um homem crente, adorava a Deus como ninguém, até mesmo construiu um pequeno altar ao lado de nossa casa quando eu era pequeno, meus irmãos e eu o ajudamos. De vez em quando, nós recebíamos visitas de padres e missionários, e meu pai os tratava melhor do que tratava a nós. Ele sempre nos ensinou a respeitar as coisas de Deus, ele dizia que tudo era possível se tivéssemos fé e orássemos o bastante. Meus irmão eram devotos quando crian