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Mostrando postagens de abril, 2020

Pela vida que me foi dada.

Eu nunca tive nada: nem família, nem amigos, nem mesmo um nome; não tinha, ao menos, um deus para orar. Não sabia ler ou escrever. As palavras que eu conhecia eram poucas, enquanto os calos nas mãos eram muitos. Tudo que eu sabia fazer era servir. Eu servia aos que se chamavam de “meus mestres”. Eu servia porque a única coisa que eu conhecia era a dor, e eu a detestava. Recuso-me a chamar aquilo de viver, por isso, digo que existi naquelas condições por muito tempo.   Tempo demais. Não sei ao certo quantos anos, afinal, eu não sabia contar. O dia em que eu nasci foi o dia em que as correntes foram partidas. O exército de Ogrimar estava atacando a cidade onde eu estava. A guarda da cidade nem se comparava ao poderio militar de Ogrimar. Em pouco tempo, a cidade era deles. Meus “mestres” se escondiam no celeiro, onde eu dormia. Eles me ordenaram que os defendesse. Eu não sabia o que estava havendo, também não sabia o que era o tal exército, mas eu sabia bem o que eles fa

A dama do lago.

No passado não tão distante, havia uma moça, ela era linda e formosa, e arrebatava corações por onde passava. Ela vivia na cidade de Lakelyn, ninguém sabe ao certo em que parte da cidade. Muitos viajantes e aventureiros apaixonavam-se por sua beleza, a moça, por sua vez, adorava a companhia de tais pessoas, ela era sempre vista saindo da cidade com esse tipo de gente e, voltava dias depois, sozinha. Em um dia de sol, uma caravana chegou à cidade, nela, havia um homem nobre de uma cidade distante, ele dizia estar em busca de seu filho, que havia ido a lakelyn, mas não havia retornado. Os olhos da cidade se voltaram para a bela moça, sua fama foi a sua desgraça. Após ouvir os boatos, o homem nobre ordenou que seus homens fossem atrás da moça, quando chegaram até ela a noite estava fria e, a luz da lua brilhava como nunca. Eles a arrastaram para a beirada do lago que existe até hoje e serve como subsistência para o povo daquela pequena cidade. Lá uma interrogação foi fei

A vida de um canário.

Desde que me lembro, eu estou preso nessa gaiola, eu sou um canário sabe, tudo que eu faço é pular de um lado para o outro o dia inteiro. Quando colocam minha gaiola no sol e eu sinto o calor e vento em minhas penas, não consigo evitar cantar, pois a felicidade que eu sinto é tamanha que se compara ao calor do sol. Ultimamente eles não têm me colocado para fora, parece que está havendo um surto de uma doença ou algo assim. Devo dizer que nunca vi os humanos tão eufóricos quanto agora. Por causa dessa doença, eles não podem sair de casa, faz pouco mais de um mês que eles estão dessa forma. Acredito que nunca os vi a beira de um colapso como agora, tudo que eles fazem é reclamar o dia inteiro sobre não poder sair de casa, eu mal consigo cantar sem ser interrompido. Eu passei a minha vida inteira preso e ninguém nunca me ouviu reclamar, muito pelo contrário, eu sempre fui grato por poder sentir o sol e o vento em minhas penas, mas essas pessoas só reclamam sem parar, eu