O caminho sem volta.


Eu sou o governante de Dood, uma cidadezinha entre enormes montanhas, se quiser chegar à capital dourada, terá de passar por nós antes. A cidade nunca para, seja dia, seja noite, sempre há gente, em todos os lugares. Visitantes pensam que a cidade é cheia de vida, é alegre, mas eu sei bem a verdade.

Os visitantes lotam nossos bares e bordeis, se embriagam com nossa cerveja e sufocam-se nos bustos de nossas mulheres, enquanto o nosso povo sorri, agradece e os guia pela cidade. Os visitantes que seguem por esse caminho sentem-se como reis, se ao menos eles soubessem...

O charme da nossa cidade cativa a grande parte dos que pisam dentro de nossos muros, alguns poderiam dizer que é algum tipo de magia, aqueles que pensam dessa forma não sabem de nada.
Todos aqueles que veem até nós não sabe o que lhes espera, afinal, se soubessem, muitos não viriam.

Se querem saber a verdade, eu vos digo. Não confiem nos sorrisos dessa cidade ou no braço que lhe estende a mão, nada é verdadeiro. É assim que essa cidade é, é assim que somos. Antes que nos culpe, saiba que não obrigamos ninguém a nada. Nós apenas oferecemos serviços e cobramos por eles. Se os visitantes não têm como pagar, bem, isso já não é problema nosso, o que não pode acontecer é ficarmos no prejuízo, não concorda?

Todos os que passam por aqui tem a capital dourada como objetivo, porém, nem todos que chegam, vão embora, pois, aqueles que desfrutam de nossos serviços tornam-se parte da cidade, esse é o preço que cobramos.

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