O espírito do rio.

            Eu não sei se isso é se gabar ou não, mas eu me considero muito calmo e sereno. Eu acredito que tudo que acontece conosco é uma oportunidade para aprendermos e melhorarmos.

            Apesar da minha opinião sobre mim mesmo eu ainda cometo erros, as vezes, eu me encho de fúria e saio derrubando árvores, destruindo casas e matando animais. Eu não me orgulho dessas coisas e tento ao máximo evitá-las, mas nem sempre consigo e isso me deixa triste. Eu fico triste pois isso significa que eu não me controlei, que eu não aprendi.

            Em minha defesa, alguns habitantes da superfície não se importam comigo, eles despejam seus venenos em mim como se eu não sofresse com isso, eu sei que isso não justifica as coisas que eu faço, porém, acho que é justo ficar um pouco bravo.

            Eu não lembro quem foi, mas teve um humano que uma vez disse algo como “não se pode entrar no mesmo rio duas vezes”, ele estava certo, não por que eu fui substituído por outro, e sim porque eu não sou o mesmo de antes, por onde as minhas águas correm eu aprendo, evoluo e tento me tornar alguém melhor.   

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O preço da fome.

A acompanhante silenciosa.

A carta do Futuro.