O diário de Meinan - Capítulo I
Dia 1
Partirei da Academia de Artes Mágicas
de Altarruna amanhã. Devo muito a academia, porém, ela não me é mais útil, já
aprendi tudo que esse lugar tinha para me ensinar. Não posso dizer que sentirei
saudades de seus professores e alunos medíocres.
Provavelmente partirei em busca
dos acontecimentos da guerra civil que culminaram na destruição do antigo reino
de Merivel. Acredito que esse é um bom ponto de partida.
Pelo o que descobri, a ordem das
presas de Marfim parece ser o primeiro passo a se tomar. Eles não passam de
velhos guardando e escondendo livros empoeirados em estantes, eles querem manter
todo aquele conhecimento para eles, não posso permitir isso.
Nota: Conseguir acesso ao acervo
das Presas de Marfim
Dia 7
Cheguei em Agabad a pouco tempo,
a cidade foi construída na encosta de uma montanha, isso lhe dá um certo charme
à primeira vista, porém, afirmo que esse lugar é deplorável. Até mesmo um cego
consegue enxergar a podridão dessa cidade, pessoas passam fome na rua enquanto
a guarda real patrulha e abusa de seu povo. Pelo o que ouvi, a cidade adota uma
monarquia, a rainha atual se chama Thirya Durvar e é apelidada carinhosamente
pelo seu povo de “Puta da tiara brilhante”.
A única forma de conseguir algum
conhecimento nessa cidade seria participar do alto escalão do exército (fora de
cogitação), ou, segundo a tradição local, tornar-me conselheiro da rainha, por
ser um cargo de confiança, isso demoraria muito, e não quero perder meu tempo
com isso. Sairei desse amontoado de porcos antes que me transmitam alguma
doença não catalogada.
Dia 10
Finalmente cheguei em Belumar, parece
uma cidade promissora, vou perambular um pouco pela cidade e ver o que consigo descobrir.
Antes disso, procurarei uma estalagem, andar definitivamente não é o melhor método
de viajar.
Nota: Arranjar um meio de
transporte eficiente.
Dia 13
Pelo o que descobri, Belumar é uma
cidade religiosa. Existe um enorme templo de pedra no centro da cidade que foi
erguido em nome da Deusa Chauntea. Ao que parece, um sacerdote de Chauntea foi
guiado a essa terra, foi prometido por ela que esse lugar seria sagrado, ele
seria prospero e rico enquanto houvesse fé na Deusa.
Se me permite dizer, foi uma
ideia muito perspicaz da Deusa. Ela pegou um povo arrasado e destruído pela guerra
que destruiu a antiga Merivel, deu um pequeno pedaço de terra para eles e
ganhou incontáveis gerações de fiéis.
A política da cidade também é interessante.
O povo da cidade tem voz ativa nas decisões que são tomadas. Basicamente, um membro
do clero é escolhido pela população e se torna o representante da cidade, sua
função é promover uma assembleia a cada ciclo da lua, nela será colocado em pauta as necessidades da cidade e toda a população tem direito de votar naquilo que achar melhor.
Ainda não sei como os votos são feitos, mas pelo o que ouvi terá uma assembleia
em breve, obviamente, por não ser cidadão da cidade não posso votar, tão pouco assistir
a assembleia, todavia, eu já tenho uma ideia de como vou adentrar na assembleia.
Essa cidade se mostrou muito mais
interessante do que imaginava, aqui tem uma biblioteca, ela é meio modesta, mas
acho que vale a pena dar uma olhada no seu acervo. Demorarei um pouco antes de
seguir viagem.
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