O preço da fome.
Havia certo homem cujo a ganância superava a de qualquer dragão, ele nasceu em uma pequena vila, no meio da floresta. Todos os habitantes daquele lugar vivam vidas simples e mesmo com pouco eram felizes.
Conforme o pequeno homem
crescia, ele foi desenvolvendo nojo por aquele estilo de vida, ele via os
poucos mercadores que visitavam sua morada e cada vez mais, ele deseja aquela
vida, cheia de riquezas e bens em abundância.
Ao atingir a maioridade o
homem deixou para trás suas tradições e sua história e seguiu rumo a sua
ambição. O maior império mercante, foi o que ele construiu, ele possuía
riquezas de dar inveja a qualquer nobre, mas isso não era suficiente, ele já
havia extraído toda madeira dos bosques próximos, todo minério das montanhas ao
Sul e toda água dos outrora verdejantes pântanos a Oeste, mas isso, não era
suficiente. Seu desejo insaciável o trouxe de volta para casa.
Ao cortar as árvores que
costumava brincar em sua infância, nada sentiu, além do volume de moedas em seu
bolso, essa foi a última coisa que o homem sentiu, pois do coração da floresta,
uma frota de seus defensores surgiram, cada machado foi esmagado e cada serra
desdentada, atrás da frota de defensores surgia uma árvore senciente tão alta
quanto o céu e tão pesada quanto as montanhas, Sylvanus a própria floresta, desprendeu-se
de suas raízes para poder enxergar o pequeno homem e sua fome insaciável.
Os sentimentos do homem
caiam de seu bolso enquanto ele corria pela sua vida, mas o peso de suas
ombreiras encrustadas de diamantes o tornaram muito lento.
Intitulada de “O preço da
fome”, a história da ganância do homem e sua ruína ecoaram por todo o reino, e
serviu como aviso para todos aqueles que desejam aquilo que não lhes pertence.
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